Friday 27 June 2008

Sócrates.

"Existe apenas um bem, o saber, e apenas um mal, a ignorância".
Sócrates (470 a.C-399a.C), filósofo ateniense.


Tuesday 24 June 2008

Um conceito.

“Nós o povo dos Estados Unidos, a fim de formar a mais perfeita União, estabelecer a Justiça, assegurar Tranqüilidade doméstica, prover a defesa comum, promover o bem estar geral, e assegurar a Benção da Liberdade para nós mesmos e nossa Posteridade, determinamos e estabelecemos esta Constituição para os Estados Unidos da América”.
Este é o preâmbulo da Constituição dos Estados Unidos da América, assinada na Filadélfia em 17 de setembro de 1787. A história já provou que ela não é apenas um conceito. Ela é respeitada e amada pelo seu povo. Porque será que isso não acontece aqui?

Precisa-se de um contorno.

Eu tenho uma imagem construida sobre as coisas. O que falta é apenas o contorno para que você possa ver comigo.

O Captain! My Captain...

Essa poesia do norte-americano Walt Withman (1819-1892) fez parte de minha infância e adolescência, tendo lugar reservado em minha memória. Sua beleza e dramaticidade jamais me deixaram, tanto é que escolhi uma frase de seu texto para servir de subtítulo a esse blog. Anos depois o vi com grande emoção no filme Dead Poets Society (Sociedade dos Poetas Mortos), Oscar de Melhor Roteiro Original em 1990, em cena clássica, quando os alunos do Professor John Keating (Robin Williams) sobem nas mesas para recitá-lo, no momento em que o professor deixa a sua sala de aula para ser substituído. Fantástico! Agora trago na íntegra o original e a tradução desse poema inesquecível. É lindo demais e quero dividí-lo com vocês.

O CAPTAIN! MY CAPTAIN!
O Captain! My Captain! Our fearful trip is done;
The ship has weather’d every rack, the prize we sought is won;
The port is near, the bells I hear, the people all exulting,
While follow eyes the steady keel, the vessel grim and daring:
But O heart! heart! heart!
O the bleeding drops of red,
Where on the deck my Captain lies,
Fallen, cold and dead.

O Captain! my Captain! rise up and hear the bells;
Rise up—for you the flag is flung—for you the bugle trills;
For you bouquets and ribbon’d wreaths—for you the shores a-crowding;
For you they call, the swaying mass, their eager faces turning;
Here Captain! Dear father!
This arm beneath your head;
It is some dream that on the deck,
You’ve fallen, cold and dead.

My Captain does not answer, his lips are pale and still;
My father does not feel my arm, he has no pulse nor will;
The ship is anchor’d safe and sound, its voyage closed and done;
From fearful trip, the victor ship, comes in with object won:
Exult, O shores, and ring, O bells!
But I, with mournful tread,
Walk the deck my Captain lies,
Fallen, cold and dead.
OH CAPITÃO! MEU CAPITÃO!
Oh Capitão! Meu Capitão! nossa viagem medonha terminou;
O barco venceu todas as tormentas,
o prêmio que perseguimos foi ganho;
O porto está próximo, ouço os sinos, o povo todo exulta,
Enquanto seguem com o olhar a quilha firme,
o barco raivoso e audaz:
Mas oh coração! coração! coração!
Oh gotas sangrentas de vermelho,
No tombadilho onde jaz meu Capitão,
Caído, frio, morto.
Oh Capitão! Meu Capitão! Erga-se e ouça os sinos;
Levante-se - por você a bandeira dança - por você tocam os clarins;
Por você buquês e fitas em grinaldas - por você a multidão na praia;
Por você eles clamam, a reverente multidão de faces ansiosas:
Aqui Capitão! Pai querido!
Este braço sob sua cabeça;
É algum sonho que no tombadilho
Você esteja caído, frio e morto.
Meu Capitão não responde, seus lábios estão pálidos e silenciosos,
Meu pai não sente meu braço, ele não tem pulsação ou vontade;
O barco está ancorado com segurança e inteiro, sua viagem finda, acabada;
De uma horrível travessia o vitorioso barco retorna com o almejado prêmio:
Exulta, oh praia, e toquem, oh sinos!
Mas eu com passos desolados,
Ando pelo tombadilho onde jaz meu Capitão,
Caído, frio, morto.

Monday 23 June 2008

Lord Byron, mais uma vez.

Há nas matas cerradas um prazer,
Há nas encostas solitárias um arrebatamento,
Há uma sociedade, onde ninguém pode intrometer,
Pelo mar profundo, e música em seu lamento:
Eu não amo menos ao Homem, mas à Natureza mais,
Dessas nossas entrevistas, nas quais capturo,
De tudo que eu possa ser, ou tenha sido tempos atrás,
Para me misturar ao Universo, e sentir puro,
O que nunca posso expressar, ainda que não possa esconder.

Lord Byron (1788 - 1824), poeta britânico.

Sunday 22 June 2008

Fortaleza, vida e liberdade.

O sol dourou telhados e prédios imponentes que silhuetam a minha cidade. A tarde desceu seu manto sobre Fortaleza. Um céu azul escuro, pontilhado de estrelas prateadas que ainda pode se ver daqui, brisa que não cessa. Capricho de um lugar que não se entrega a urbanidade daninha, que se espalha em ternura a cada esquina, que não se dobra a falta de poesia. Versos temos de sobra.

Faróis acesos cortam ruas e praças, pessoas caminham com passos firmes de orgulho de viver aqui, de experimentar a arte de ser fortalezense, de ser dono de cada pedacinho dessa terra, que se derrama até o mar encontrando todas as nuances de verde que a vista pode enxergar. Sinto que minhas palavras ainda são injustas, que tudo que falar é muito pouco para dizer desse amor, dizer desse mistério que apaixona aos que passam, aos que são daqui, aos que ficam. Fortaleza, mãe de todos nós, que adota aos que lhe fazem reverência, aos que abraçam seus ideais, Fortaleza tradução de vida e liberdade, identidade dos bons de coração e alma leve.

Friday 20 June 2008

Winston Spencer Churchill.

"Não existe opinião pública. O que existe é opinião publicada".
Sir Winston Spencer Churchill (1874 - 1965)
Primeiro Ministro Britânico

Tuesday 17 June 2008

Calam-se as pernas.

Pernas que falavam. Assim eram as pernas de Cyd Charisse, que nos deixou hoje, aos 87 anos, para tristeza dos que amam o cinema. Era um monumento em forma de mulher. Linda, como podem constatar pela foto que estou postando com seu autógrafo. Dançava como poucas, impressionante.
Cyd é de um tempo que não volta mais, quando a América ditava o estilo de viver, havia poesia e glamour em quase tudo e o mundo era muito mais bonito de se viver.
Cyd Charisse teve atuações inesquecíveis em filmes como "A lenda dos beijos perdidos", "Brigaddon", de 1954, dirigido por Vincent Minelli; "Para sempre em meu coração", de 1954, dirigido por Stanley Donen; e no célebre "Cantando na chuva", de Gene Kelly e Stanley Donen.
Fica a nossa saudade, a nossa nostalgia e a nossa imensa gratidão por momentos tão especiais que ela nos proporcionou.

Sunday 15 June 2008

Taking chances.

Com mais de 180 milhões de discos vendidos em todo o mundo em pouco mais de 25 anos, cinco prêmios Grammy e dois Oscar, e tendo encerrado há pouco, cinco anos de temporada de shows em Las Vegas, Celine Dion está com um novo trabalho que deve ser ouvido por todos aqueles que gostem de boa música. "Taking chances" é o título do CD com que a diva do pop volta à estrada.
Entre as canções, que passam por pop, soul e até gospel, figura um tema, "That's just the woman in me", escrito pelo guitarrista de Katrina & the Waves, Kimberley Rew, há 15 anos e que ela quis recuperar.
Nascida em Charlemagne (Quebec), Celine é a caçula de 14 irmãos dentro de uma família com grande tradição musical, e aos 12 anos já compôs sua primeira canção em francês.
"Taking chances" é uma irrefutável prova da qualidade do trabalho de Celine Dion, uma das maiores cantoras de nosso tempo.

Friday 13 June 2008

O trem do tempo.

O tempo, esse inexorável trem do qual todos nós somos um pouco passageiros, trata de carregar-nos em seus vagões, através da vida, sem perguntar qual o seu destino, sem pedir bilhetes, sem dizer onde vai parar aquela viagem. Isso, que poderia ser assustador e pesaroso, pelas inúmeras dúvidas que carrega em seus trilhos, deve, a meu ver, revestir-se de magia justamente por esta característica indefinida e, certamente, jamais definitiva.

O trem avança, passando por diversas paisagens, visitando lugares de culturas diversas. Fazendo curvas amplas e fechadas. Em cada estação, pessoas te esperam, em outras não. Nas estações em que lá estão, trocam experiências, falam de suas próprias vidas, dos trens que tomaram, das suas próprias paradas, suas viagens, seus desencontros. Disso é feita essa existência. Da soma de todas essas aventuras, de todas essas viagens, paradas, pessoas, imagens, cenários, paisagens, aromas, sabores, sentimentos, lembranças. Tudo isso, maturado em nossa vivência espiritual, amalgamado em nossa alma, nos escaninhos mais profundos dela, explicará os meios, justificará os fins e mostrará, decerto, a direção a ser tomada na estação seguinte, até a derradeira, quando os trens todos já tiverem passado e não haja mais para onde ir.

Até lá é nossa missão, visitar todos os lugares e pessoas que o Criador planejou para nós, sem resistências que desencorajem, sem preconceitos que nos bloqueiem, sem reservas que assombrem o nosso aprendizado e impeçam o nosso crescimento. A vida, pois, é antes de tudo, descobrir, experienciar, sentir. Foi crendo nisso que cheguei até aqui, que percebi o clima, o ânimo, a forma de ser, ouvi as canções, comi a comida, bebi a bebida, ri do mesmo riso, abracei pessoas, fiz amigos, criei alguns inevitáveis – embora não buscados - desafetos, chorei, me debati, observei, entendi.

Se hoje deixo essa estação em busca de outro lugar, vou-me sem mágoas, agradecido, profundamente agradecido, pela acolhida, pelo agasalho, pelas palavras de fé, pelos ouvidos pacientes, pelo silêncio respeitoso, pelos sorrisos abundantes, pelos afagos sinceros, pelas orações contritas. Saio de espinha ereta, com enorme orgulho do que plantei aqui. Se não colhi o suficiente não houve culpados.

Vou-me com os olhos postos no futuro, na próxima parada, nas curvas e retas que virão à frente. Vou-me com os braços e o coração abertos para encontrar novos passageiros, novos peregrinos, novos transeuntes, novos lugares, e percebê-los a todos. Vou-me contente pelos amigos que deixo para trás, porque sei que os verdadeiros; aqueles de primeira hora, que chegam sem chamados, que entram sem bater; estes irão comigo, porque aprenderam comigo, mas principalmente me ensinaram alguma coisa e uma lição jamais pode ser esquecida. Meus amigos são aquilo que aprendi e para um apaixonado pelo conhecimento como eu, não há como separá-los de minha memória e de meu bem querer.

Mas deixa-me ir. É já que o bilheteiro está me chamando. O maquinista apita. A locomotiva resfolega ruidosa, rodas de ferro tinem nos trilhos. Embarco sereno. No peito aquela sensação de dever cumprido. A busca de novos desafios me provoca. É dada a hora de partir. Abro a janela, puxo a cortina. O vento bate no meu rosto. Cerro a vista. Partimos. Para trás uma cidade, uma silhueta que vai se distanciando até sua importância ficar longe, e longe, e longe...

Boa sorte. Fiquem com Deus e até qualquer dia.


Jack Welsh.

"Controle seu destino ou alguém controlará".
Jack Welsh - executivo norte-americano

A imagem.

Mais uma vez comprovado. O cachorro é o melhor amigo do homem!

Thursday 12 June 2008

Namorar.

Namorar. Hoje se faz muito pouco isso. Mas ainda há esperanças. Muito embora se espere bem mais pelas caixas coloridas das lojas de griffe do que pelo toque incomparável das mãos de quem se ama. Quase já não sobe a temperatura quando as peles se encontram. Quase não há romance. Hoje o negócio é correr atrás de dinheiro. Corre-se muito pouco em busca de quem se gosta. Amor virtual, internético, com papo de MSN.

O sucesso tomou o lugar do par ideal. Hoje os encontros são em busca do melhor negócio. Fazem-se contas das contas bancárias. Mede-se patrimônio e não sentimentos. Eu lamento informar. Tem sido assim. Mas como eu disse, tem jeito. A solução está em desfragmentar o hard disk de sua alma. Dar-se licença de ser um pouco ridículo, de pegar-se chorando por uma mulher, de ter na memória o sabor daquele beijo, sentir aquele friozinho que desce pela espinha dos que gostam. Isso sim é se dar bem. Isso é estar no topo do mundo. Porque afinal, todas as coisas que lhe fazem realmente feliz são as menos pretensiosas, pode acreditar. O resto é marketing.

Sem apologia da mediocridade, nada substitui um dia na praia caminhando pela beira-mar e conversando água de coco ou sentar num banco de praça vendo as folhas do outono cair na companhia inseparável de quem escolhemos para partilhar nossos dias e noites. Coisa alguma pode superar o perfume que toma outras nuances quando repousa no corpo que se quer possuir. Nenhuma emoção pode traduzir a música que marcou aquele momento único. Quando se entende isso se percebe que a vida é feita de memória. Um grande arquivo de imagens, sentidos e frases que ficam perpetuados até que nos dissipemos desse lugar. E mesmo depois daqui carregamos o que vivemos e deixamos o que sentimos para que outros continuem a nossa caminhada.

Num mundo em que a marca é mais importante que a pessoa, o diferencial está no amor. Sem pieguice de qualquer espécie, aconselho-o a experimentar as coisas mais simples, porque não há nada mais sofisticado que a simplicidade. Viva a luz do entardecer, viva o sorriso, o afago, a tatuagem, a pele, os olhos que falam, o coração que salta, o arrepio que brota. Viva o fôlego que falta, a voz que aquece, o beijo que detona. Solte as amarras desse mundo fake e viva o mundo de verdade. O mundo dos que sonham, dos que dizem, dos que pensam, dos que tocam, dos que se aprofundam, dos que tem coragem de ir até o fim, dos que não se reservam, dos que são sem medida, dos que não se reprimem. Viva o mundo daqueles que confessam uma paixão. Porque um abraço diz mais que todos os presentes e um poema é mais forte que qualquer etiqueta.

A escolha.

"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Escolho meus amigos para saber quem sou."
Oscar Wilde (1854 - 1900), escritor irlandês.

Saturday 7 June 2008

Vamos a praia?

E Fortaleza não decepcionou...Ele, o sol, está aí reinando absoluto. E dia de sol aqui inspira ir ao Beach Park, o maior e mais emocionante parque aquático da América Latina. Veja que paisagem. Ali atrás pode se ver o parque aelólico da Praia do Japão comsuas imensas hélices a desafiar o vento. Tudo é belo, tudo é verdadeiro, tudo é Fortaleza. E aí? Vamos a praia?

Era Dunga ou era Dunga?

Estamos vivendo a Era Dunga ou era Dunga o treinador responsável (ou seria irresponsável?) que permitiu uma vergonha dessas?

Friday 6 June 2008

Tempestade a vista?

Começou a chover aqui em Fortaleza. Será que vem outra tempestade como aquela de ontem? Foi a maior chuva que me recordo ter assistido nessa cidade. Nunca vi outra igual. Centenas de raios e trovões. Água derramando copiosamente. O dia foi de brisa amena, mas a noite promete mais chuva. Vamos nos preparar.

Monday 2 June 2008

Yves Saint Laurent

"A roupa mais bonita para vestir uma mulher são os braços do homem que ela ama. Para as que não tiveram essa felicidade, eu estou aqui."
Yves Saint Laurent (1936 - 2008)

Um mundo menos glamuroso.

E o mundo acordou hoje menos glamuroso. Morreu aos 71 anos de idade, o estilista Yves Saint Laurent. YSL, último mito vivo que revolucionou a indumentária feminina do Século XX, lutava há um ano contra um tumor no cérebro, segundo informou seu amigo e co-fundador da firma YSL, Pierre Bergé. Companheiro de Saint Laurent durante 50 anos, nos âmbitos pessoal e profissional, Bergé se disse "profundamente triste" pela morte, apesar de afirmar que não era "um choque", dado que o câncer do estilista tinha sido detectado em abril de 2007.
Nascido em 1º de agosto de 1936 em Oran, na Argélia, em uma família rica, inspirado sempre pela beleza e pelo estilo da mãe, o criador da saharienne (jaqueta tipo safári) e do fraque para a mulher, morreu às 23h10 (18h10 de Brasília) de ontem, domingo.
O estilista será incinerado e suas cinzas serão colocadas em uma sepultura nos jardins Majorelle em Marrakech (Marrocos), vizinho à residência que Saint Laurent e Bergé compraram em 1980.

Sunday 1 June 2008

John Dryden.

"Há na loucura um prazer que só os loucos conhecem".
John Dryden (1631 - 1700) poeta inglês.

Quando a mesmice é bela.

Para quem mora em Fortaleza lindos dias de sol são comuns. É uma mesmice extremamente bela. A brisa única que sopra do oceano ameniza a brasa do calor e convida para visitar esse cenário. Aí na foto a Enseada do Mucuripe, com suas dezenas de barcos e jangadas. A praia cheia de gente feliz, de sorriso franco, água de côco, peixe freco, todos brindando a natureza que nos presenteia com essa festa para os olhos e para a alma. Quem vive Fortaleza sabe bem do que estou falando.