E a cópia da Carta Magna da Inglaterra, um dos documentos históricos mais importantes do mundo, que estava sendo leiloada na casa Sotheby's, famosa casa de leilões - conforme noticiamos ontem -, foi arrematada na noite desta terça-feira em New York por US$ 21,321 milhões, cerca de R$ 38 milhões. O dinheiro arrecadado será destinado a atividades de caridade da Fundação Perot, detentora anterior da preciosidade. O novo proprietário do documento é David Rubenstein, do Grupo Carlyle. Ele já anunciou a sua intenção de continuar mostrando o documento ao público no Arquivo Nacional de Washington, onde está em exibição já há mais de duas décadas. A Carta Magna do Rei João Sem Terra, é considerada por uma corrente de historiadores, como a semente da Revolução Americana, sendo o manuscrito que consagrou os direitos do homem na legislação inglesa. O texto inspirou a paixão pela liberdade que floresceu nos Estados Unidos no XVIII Século e que permance até hoje em todo o mundo. Os princípios da Carta foram citados como justificativa da rebelião americana por John Adams, Benjamin Franklin, Alexander Hamilton, Thomas Jefferson e outros líderes políticos americanos. O manuscrito medieval que foi leiloado ontem, foi redigido num pergaminho contendo 2.500 palavras em latim. É a única cópia do documento que existia nos Estados Unidos e a única em poder de entidades privadas. Esta é uma das duas cópias que estão fora da Inglaterra. A outra, também de 1297, pertence ao povo australiano e está na Biblioteca Nacional da Austrália.