Há que se temer o que cala. Há que se temer o que sorri entre os dentes. Há que se temer. Há que se temer o escárnio, a galhofa, a ironia. Há que se temer a mágoa, há que se temer a memória, há que se temer a vingança, há que se temer a inveja. Há que se temer o compasso daqueles que preparam o laço, em silêncio, lá adiante o cadafalso, um capuz a esconder o rosto do carrasco. Há que se temer.
Há que se temer o que se junta, o que conspira, o que pira com a idéia de mal fazer, de mal pensar, de mal amar. Há que se temer o que dorme com a serpente, o que quer fecundar seu ventre, fazer prole de lama, fel e dor. Há que se temer. Temer aquele que espia, aquele que copia, aquele que se esgueira, aquele que se esconde, aquele que se esquiva, aquele que oculta, aquele que a toda hora pede perdão. Há que se temer. Temer aquele que vasculha, aquele que investiga, aquele que pergunta, aquele que cochicha, aquele que tece a teia, que não tem sangue na veia. Há que se temer.
Há que se temer o que amigo se propaga, aquele que todo tempo afaga, aquele que apedreja à toa, aquele que chora, aquele que implora, aquele que se imola, aquele que a toda hora oferece de bom grado a sua mão. Há que se temer. Aquele que se ofende, aquele que se arrepende, aquele que sempre entende, que diz sim quando quer dizer não. Há que se temer.
Há que se temer o fraco, o que vacila, o que se curva, há que se temer aquele que não olha nos olhos. Há que se temer o que admira, o que elogia, o que se submete, o que faz mesuras, o que bajula, o que vagueia, o que orações entremeia, o que banaliza a fé, o que desconhece heresia, o falso moralista, aquele que julga, aquele que rotula, aquele que preconceitua, o que vive de joelhos no altar. Há que se temer.
Há que se temer o que colhe e não semeia. O que se encolhe, o que dissimula, o que mente, o que conversa em demasia, o que fantasia, o que abomina, o que bravateia, o que odeia, o que premedita, o que calcula. Há que se temer o hipócrita, aquele que tem ojeriza, aquele que engana, aquele que falseia, aquele que incendeia. Há que se temer o vaidoso, o convicto, o desleal, o arguto, o esperto, o fidelista, o fundamentalista, o sagaz, aquele que faz e diz que não faz. Há que se temer.
Há que se temer o que se junta, o que conspira, o que pira com a idéia de mal fazer, de mal pensar, de mal amar. Há que se temer o que dorme com a serpente, o que quer fecundar seu ventre, fazer prole de lama, fel e dor. Há que se temer. Temer aquele que espia, aquele que copia, aquele que se esgueira, aquele que se esconde, aquele que se esquiva, aquele que oculta, aquele que a toda hora pede perdão. Há que se temer. Temer aquele que vasculha, aquele que investiga, aquele que pergunta, aquele que cochicha, aquele que tece a teia, que não tem sangue na veia. Há que se temer.
Há que se temer o que amigo se propaga, aquele que todo tempo afaga, aquele que apedreja à toa, aquele que chora, aquele que implora, aquele que se imola, aquele que a toda hora oferece de bom grado a sua mão. Há que se temer. Aquele que se ofende, aquele que se arrepende, aquele que sempre entende, que diz sim quando quer dizer não. Há que se temer.
Há que se temer o fraco, o que vacila, o que se curva, há que se temer aquele que não olha nos olhos. Há que se temer o que admira, o que elogia, o que se submete, o que faz mesuras, o que bajula, o que vagueia, o que orações entremeia, o que banaliza a fé, o que desconhece heresia, o falso moralista, aquele que julga, aquele que rotula, aquele que preconceitua, o que vive de joelhos no altar. Há que se temer.
Há que se temer o que colhe e não semeia. O que se encolhe, o que dissimula, o que mente, o que conversa em demasia, o que fantasia, o que abomina, o que bravateia, o que odeia, o que premedita, o que calcula. Há que se temer o hipócrita, aquele que tem ojeriza, aquele que engana, aquele que falseia, aquele que incendeia. Há que se temer o vaidoso, o convicto, o desleal, o arguto, o esperto, o fidelista, o fundamentalista, o sagaz, aquele que faz e diz que não faz. Há que se temer.