Hoje na história: Jonathan Swift.

Jonathan Swift, escritor irlandês, nasceu em Dublin em 30 de Novembro de 1667. Órfão de pai, com um ano de idade, é levado secretamente por sua ama para a Inglaterra e, após dois anos em solo inglês, volta para Irlanda em virtude dos problemas políticos que ocorria no país.

Em 1689 vai a Moor Park, Surrey, Inglaterra e torna-se secretário com Sir William Temple, estadista e escritor de grande prestígio. Swift amadurece intelectualmente entre os livros de Temple e conhece uma doce menina de oito anos chamada Esther Johnson -mas que ele carinhosamente chamava de Stella - que, segundo diziam, era filha de William Temple com uma ama da casa. Nascia ali uma amizade que duraria a vida toda apesar da diferença de idade entre ambos.

Mais conhecido por ter escrito As Viagens de Gulliver, que começou em 1725, Swift é muito mais que isso. Homem libertário, esteve sempre na defesa de idéias progressistas que o indispunham com os conservadores e com a aristrocacia inglesa.

Em 1728 Stella morre de um mal até hoje sem explicação. Swift escreve até 1738. Em 19 de Outubro de 1745, Jonathan Swift, surdo e louco, morre em sua terra natal. É enterrado na Catedral de Saint Patrick. Em sua lápide, o epitáfio em latim, escrito por ele mesmo retrata perfeitamente seu espírito e personalidade:

"Aqui jaz o corpo de Jonathan Swift, Doutor em Teologia e Deão desta Catedral, onde a colérica indignação não poderá mais dilacerar-lhe o coração. Segue passante, e imita, se puderes, esse que se consumiu até o extremo pela causa da Liberdade".

Um outro Carnaval.

Enquanto deste lado do planeta nos preparamos para um carnaval recheado de requebros, música estridente de trios elétricos e pouca ou nenhuma roupa, no Velho Mundo, em Veneza, Itália, um outro Canaval está sendo preparado. Este com máscaras inspiradas no XVII Século, música medieval, roupas luxuosas confeccionadas com os mais finos tecidos e encontros furtivos pelos becos e canais da cidade italiana.

Ao tempo do Renascimento o Carnaval adotou o baile de máscaras, e a festa tomou o formato que tem até hoje. É um show para os olhos ver as performaces dos foliões que adotam trajes de época e percorrem as vielas estreitas, revivendo um passado longinqüo num espetáculo de beleza plástica inesquecível.

Até um dia.

Uma vez ouvi a atriz Lolita Rodrigues dizer uma frase que jamais esqueci. Disse ela que “a única coisa ruim da maturidade é que vamos perdendo os amigos que fazemos durante a vida e já não há tempo de fazer novos”. Essa verdade confirmo todos os dias. Infelizmente é assim que acontece.

Soube minutos atrás que perdemos um amigo, um grande companheiro de profissão, por quem tinha imenso apreço e admiração. A sua história se confunde com a própria história da televisão no Ceará. Falo do Marcus Belmino, mas que para nós será sempre o Ponhonhon. Um sujeito único em seu compasso manso, sua alma cuidadosamente alvinha, seu sorriso bom pronto para nos premiar. Sinto saudade do tempo em que gravávamos juntos, comerciais, documentários e tantas e tantas imagens que ficarão indeléveis em minha memória.

Ponhonhon foi um bravo. Foi um homem nas acepção da palavra. Um cidadão de quem podemos nos orgulhar.

Grande abraço meu velho, e até um dia, quando todos, finalmente, vamos nos encontrar no banquete divino do Senhor.

Hoje na história: Gaetano Donizetti.

Em 29 de Novembro de 1797 nasceu em Bérgamo, Itália, o compositor Domenico Gaetano Maria Donizetti. Compôs maravilhosas óperas sendo um dos mais fecundos compositores do período romântico.

Donizetti é puro sentimento. Começou seus estudos musicais com Simon Mayr em sua cidade natal e, logo depois com Mattei em Bolonha. Suas primeiras peças são composições religiosas num estilo muito tímido.

Mas para se entender Donizetti basta escutar L'Elisir d'Amore, ópera que estreiou em Milão, Itália, em 12 de Maio de 1832 no Teatro Canobbiana. Depois de sentir essa obra incomparável você jamais vai deixar de ouví-lo.

Blackout e medo.

Uma batida. Um estrondo. Cai um poste. Uma gangue faz um arrastão nas imediações de um shopping. Todos em silêncio. Até quem deveria falar. E Fortaleza fica com medo.

Sim, há vida inteligente na net.

Há endereços na internet que acabam por mostrar que pode haver vida inteligente na grande rede. Gente que pensa, que tem independência, que escreve coisas novas ou coisas antigas de forma pouco usual, reciclando o que se pensava esquecido.

Cometo a ousadia de sugerir três cearenses nessa categoria. Um é o blog do Nonato Albuquerque, Antena Paranóica, que atende no endereço www.antenaparanoica.blogger.com.br, outro é o do Norton Lima Jr, Blogueisso, que escreve no http://blogueisso.com/norton/ e o terceiro é o do Eugênio Stone, De Um Tudo, que está situado no http://stonedeumtudo.blogspot.com/. Passem, leiam e divirtam-se.

Hoje na história: Olegário Mariano.

O poeta pernambucano, nascido no Recife, Olegário Mariano morreu em 28 de Novembro de 1958. Além da obra poética iniciada em livro em 1911, e enfeixada nos dois volumes de Toda uma vida de poesia (1957), publicados pela José Olympio, Olegário Mariano publicou durante anos, nas revistas Careta e Para Todos, sob o pseudônimo de João da Avenida, uma seção de crônicas mundanas em versos humorísticos, mais tarde reunidas em dois livros: Bataclan e Vida Caixa de brinquedos.

Sua poesia lírica é simples, de fundo romântico, pertinente à fase do sincretismo parnasiano-simbolista de transição para o Modernismo. Ficou conhecido como o "poeta das cigarras", por causa de um de seus temas prediletos.

É dele esse poema que transcrevo agora. Seu título é Velha Mangueira.

No pátio da senzala que a corrida

Do tempo mau de assombrações povoa,

Uma velha mangueira, comovida,

Deita no chão maldito a sombra boa.
Tinir de ferros, música dorida,

Vago maracatu no espaço ecoa...

Ela, presa às raízes, toda a vida,

Seu cativeiro, em flores, abençoa...
Rondam na noite espectros infelizes

Que lhe atiram, dos galhos às raízes,

Em blasfêmias de dor, golpes violentos.
E, quando os ventos rugem nos espaços,

Os seus galhos se torcem como braços

De escravos vergastados pelos ventos.

Foi publicada no livro Canto da Minha Terra de 1930.

Paladar apurado.

Um luxo absoluto! Assim é a carne Kuroge Wagyu, U$$ 1.100 o quilo. Mas há motivos de sobra para ela ser tão cara. O animal (criado na região de Kobe, no Japão) passa os dias bebendo cerveja, comendo grãos, recebendo massagem e ouvindo música. Tudo para garantir uma carne macia e aveludada. Nas reentrâncias dos suculentos cortes, veios de gordura que dão um sabor único a esta iguaria que vêm do outro lado do planeta.

Fortaleza parada.

São oito e meia da noite e somente agora consigo chegar em casa. Fortaleza, hoje - em especial a Aldeota - está absolutamente parada. Congelada pelo trânsito caótico que entope as vias de acesso e escoamento do bairro mais nobre da cidade.

Completa o cenário de terror urbano, as dezenas de sirenes, ora de ambulâncias, ora de polícia, em viaturas que serpenteiam em disparada no meio dos automóveis com o ruído ensurdecedor e apavorante, sabe-se lá em que tipo de missão. Uma loucura!

Ou Fortaleza está pequena para quantidade de carros ou falta um planejamento de trânsito que permita maior tranquilidade ao cidadão que está na rua indo e voltando para o trabalho, ou em direção ao merecido lazer com a família. Com a palavra os responsáveis por este estado lamentável de coisas.

Hoje na história: Santa Catarina de Labouré.

Foi em 27 de Novembro de 1830, que Catarina viu Nossa Senhora na Capella de Via di Baci, a qual deu origem ao título de Nossa Senhora das Graças ou da Medalha Milagrosa. Santa Catarina de Labouré nasceu na França do século XIX numa família que, como tantas outras, sofria com as guerras napoleônicas.

Aconteceu que sua vida se entrelaçou mais intimamente com os mistérios de Deus, pois a Virgem Maria começa a lhe aparecer, a fim de enriquecer toda a Igreja e atingir o mundo com sua Imaculada Conceição, por isso descreveu Catarina:

"A Santíssima Virgem apareceu ao lado do altar, de pé, sobre um globo com o semblante de uma senhora de beleza indizível; de veste branca, manto azul, com as mãos elevadas até à cintura, sustentava um globo figurando o mundo encimado por uma cruzinha. A Senhora era toda rodeada de tal esplendor que era impossível fixá-la. O rosto radiante de claridade celestial conservava os olhos elevados ao céu, como parqa oferecer o globo a Deus..A Santíssima Virgem disse: Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem''.

Saudade.

O maior patrimônio que podemos amealhar nesta vida são os amigos. Construtores, parceiros, lado a lado nessa caminhada tão cheia de esquinas, eles chegam na hora certa e sabem ir no momento oportuno. São e não apenas estão. Afinal de contas, as coisas de Deus são permanentes, enquanto que as dos homens estão passageiras, efêmeras. Transcrevo para vocês um texto de Chico Xavier que bem pode traduzir o que digo. Chama-se "Saudade".

Se eu morrer antes de você, faça-me um favor:
Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado.
Se não quiser chorar, não chore.
Se não conseguir chorar, não se preocupe.
Se tiver vontade de rir, ria.
Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão. Se me elogiarem demais, corrija o exagero.
Se me criticarem demais, defenda-me.
Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam.
Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo.
Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo útil a você, lá onde estiver. E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase:

- "Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus!”

Aí, então, derrame uma lágrima.
Eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar. E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha nova tarefa no céu.
Mas, de vez em quando, dê uma espiadinha na direção de Deus.
Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele.

E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em Deus, a amizade que aqui nos preparou para Ele.
Você acredita nessas coisas?

Então ore para que nós vivamos como quem sabe que vai morrer um dia, e que morramos como quem soube viver direito. Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo.

Mas, se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu...
Ser seu amigo... Já é um pedaço dele.

Chico Xavier

Hoje na história: Tommy Dorsey.

Francis Thomas Dorsey Jr, nasceu em Shenandoah, Pennsilvania e com apenas 16 anos começou sua carreira em Allentown, Pensilvânia com a banda de Russ Morgan nos anos 20 tocando no álbum intitulado The Scranton Sirens.

Dorsey foi um dos grandes responsáveis pelo swing das big bands das décadas de 40 e 50, criando melodias memoráveis e canções inesquecíveis. Tommy Dorsey morreu em 26 de Novembro de 1956, em sua casa em Greenwich, Connecticut, USA, com apenas 51 anos de idade.

Seria 11 um número cabalístico?

Sabe que a internet é um mar de especulações. Recebi esta semana um e-mail com algumas elocubrações que agora passo para vocês.

Será que o número 11 tem uma aura cabalística após o atentado ao Worl Trade Center em 2001? A gente pode até pensar que sim depois de tantos números e fatos coincidentes. Vamos a alguns deles.

1) New York City tem 11 letras.

2) Afeganistão tem 11 letras.

3) "The Pentagon" tem 11 letras.

4) George W. Bush tem 11 letras.

Mas isso é ainda muito pouco. Vejam só.

1) Nova Iorque é o décimo primeiro estado dos Estados Unidos;

2) O primeiro dos vôos que bateu contra as torres gêmeas era o de Nº 11;

3) O vôo Nº 11 levava a bordo 92 passageiros. Somando os numerais: 9+2 = 11;

4) O outro vôo que bateu contra as torres, tinha a bordo 65 passageiros. Somando os numerais: 6+5 = 11;

5) A tragédia teve lugar a 11 de Setembro, ou seja, 11 do 9. Somando os numerais: 1+1+9 = 11.

Mas vamos ao mais instigante.

1) As vítimas totais que faleceram nos aviões são 254: 2+5+4 = 11;

2) O dia 11 de Setembro, é o dia número 254 do ano: 2+5+4 = 11;

3) A partir do 11 de setembro sobram 111 dias até ao fim de um ano;

4) Nostradamus -que tem 11 letras - profetiza a destruição de New York na Centúria número 11 dos seus versos.

O e-mail chama atenção ainda para que se pensarmos nas Torres Gêmeas, damo-nos conta que tinham a forma de um gigantesco número 11. E, como se tudo isso não bastasse, o atentado de Madrid, Espanha, aconteceu no dia 11.03.2004, que somando os numerais dá: 1+1+0+3+2+0+0+4 = 11! No mínimo intrigante. E mais! O atentado de Madrid aconteceu 911 dias depois do de New York, que somando os numerais 9+1+1 = 11!

Será tudo isso pura superstição? Ou os números realmente dizem algumas coisa em nossas vidas?

Hoje na história: Grande Othelo.

Dia 24 de Novembro de 1993, morria em Paris, Grande Othelo, pseudônimo de Sebastião Bernardes de Sousa Prata. Mineiro de Uberlândia, Grande Othelo foi artista de cassinos cariocas e do chamado Teatro de Revista, participou de diversos filmes brasileiros de sucesso, entre os quais as famosas comédias nos anos 40/50 que estrelou em parceria com o cômico Oscarito.

Grande Othelo faleceu de um ataque do coração fulminante, quando viajava para receber uma homenagem no Festival de Nantes, França.

O Natal está chegando!

Todo o mundo já se prepara para a maior festa da cristandade: o Santo Natal. Magnífica noite em que o mais importante é o aniversariante, a comemoração do nascimento do Cristo, que comove e une milhões de pessoas há mais de dois mil anos.

Na minha casa esta sempre foi um data importantíssima, aguardada e cultuada, como poucas vezes vi em minha vida. Começávamos a preparar tudo meses antes para estar pronto na noite de 24 para 25 de dezembro. Árvores, enfeites, luzes, Papai Noel, presentes, mesa linda de se ver. Minha mãe, apaixonada pelo período de fim de ano, ficava à frente de todas as providências que deveriam ser tomadas para que estivesse tudo perfeito. Papai apoiava incondicionalmente todas as decisões dela, aliás uma tônica em sua vida. Agradar a minha mãe em tudo que fosse possível.

O Natal sempre trouxe para família um espírito de conciliação, de bem-querença, de congregar-se com os nossos, a hora de reunir-se para agradecer, apenas agradecer. Para nós o Natal é uma tradição que trazemos ao longo de gerações e que gostamos de manter, também como um respeito aos nossos ancestrais, que já não estão mais aqui, mas permanecem vivos em nossos corações e almas. Esse aliás, o espírito do Natal. Uma luz imorredoura que serve de farol a toda a humanidade. Então, festejemos, pois já é Natal em nossas vidas!

Hoje na história: Elizabeth Of York.

Em 24 de Novembro de 1487, Elizabeth Of York foi coroada Rainha da Inglaterra. Era Rainha Consorte de Henrique VII, mãe de Henrique VIII e nascida em Westminster. Sua história é marcada pelo fim da Guerra das Rosas, entre as famílias Lancaster e York, fato provocado pelo seu casamento com Henrique Tudor, um descendente da casa oponente.

Thanksgiving!

Nos Estados Unidos da América e Canadá comemora-se hoje o Thanksgiving, Dia de Ação de Graças, como forma de agradecer a Deus pelas coisas boas que nos aconteceram durante todo o ano. Nesse dia dá-se graças com festas e orações, reunindo a família e amigos em torno da fé e da bem-querença. Lá é feriado nacional que faz menção também a história dos Estados Unidos, é claro. Em inúmeras peças escolares, crianças norte-americanas contam a história do primeiro Dia de Ação de Graças, quando os peregrinos e os nativos norte-americanos celebraram a colheita de outono em cooperação e aceitação.

O prato principal da festa é o peru, recheado com frutas, acompanhado de um bom vinho e toda a alegria que se possa ter. Por decendência familiar que me inspira a tradição, e enorme gratidão ao Senhor pelo ano magnífico e feliz que estou tendo junto aos meus, hoje comemoramos e demos graças a Ele. Nas imagens, a gravura de Jean Louis Gerome Ferris, ilustrando o primeiro Thanksgiving e na outra o peru lindamente ornamentado.

Uma paixão que nascia.

Num dia 24 de Novembro de 1874 nascia em São Paulo, no Brás, Charles Miller, o introdutor do futebol no Brasil. Charles era filho de pai escocês - John Miller - e mãe brasileira de ascendência inglesa, chamada Carlota Fox. Aos 9 anos, foi estudar na Europa. Morou em Southampton, no extrerno sul das ilhas britânicas e lá aprendeu a jogar futebol na Bannister Court School.

Ele retornou ao Brasil em 1894 para trabalhar na São Paulo Railway Company (posteriormente Estrada de Ferro Santos-Jundiaí), tornando-se também correspondente da Coroa Britânica e vice-cônsul inglês em 1904.

Miller foi fundamental na montagem do time do São Paulo Athletic Club (SPAC) e a Liga Paulista de Futebol, a primeira do Brasil. Foi artilheiro do SPAC e ganhou os três primeiros campeonatos em 1902, 1903 e 1904. Jogou no clube até 1910, quando encerrou a carreira. Charles Miller deixou como legado essa paixão nacional, que movimenta estádios e torcidas, envolvendo os corações brasileiros num culto ao esporte e seus heróis.

O melhor do atum.

Como é bom o que ultrapassa o padrão. O melhor do melhor. Apresento a vocês o hon-maguro. A barriga do atum gordo que pesa mais de 150 quilos e que tem de ser morto ainda no mar, há pelo 50 metros de profundidade para que não tenha tempo de se debater. Custa US$ 2.200, o quilo, algo próximo dos R$ 4.400,00.

Do toro, parte ainda mais nobre, uma parte da barriga que lembra bacon, faz-se um sashimi delicadíssimo que é vendido por cerca de US$ 45, a unidade, nas casas especializadas de Tóquio, Japão.

Hoje na história: John Fitzgerald Kennedy.

Incomparável. Assim era o Presidente Norte-Americano, John Fitzgerald Kennedy. Uma trajetória única na história política do XX Século. Trouxe para Casa Branca, sede do Governo - junto com sua mulher Jacqueline - o glamour de uma família real.

Sua origem era irlandesa, tendo nascido em Brookline, Massachussets, USA, em 1917. Formou-se em Relações Internacionais na Universidade de Harvard em 1940. Serviu na Marinha durante a Segunda Guerra Mundial, sendo ferido em Guadalcanal em 1943. Condecorado por bravura, afastou-se do serviço militar por problemas na coluna vertebral.

Um liberal, teve grande importância na garantia dos direitos da população negra na América, além de, com grande capacidade de negociação, ter evitado um conflito nuclear ao neutralizar a instalação de mísseis soviéticos em Cuba. Iniciou a corrida espacial, preconizando que antes do final da dácada de 60 um americano pisaria na lua, o que de fato aconteceu em 1969.

Ao meio-dia e meia do dia 22 de novembro de 1963, passando por uma praça de Dallas, Texas, já em campanha para sua reeleição, Kennedy é atingido por dois tiros, um no pescoço e outro fatal na cabeça. Kennedy morre menos de trinta minutos depois do atentado.

Apesar de atribuido a Lee Harvey Osvald, o assassinato de Kennedy permanece até os dias de hoje envolto em denso mistério.

Tirando as sapatilhas.

Morreu na manhã desta quinta-feira o coreógrafo francês Maurice Béjart, um dos nomes mais expressivos da dança no século passado. Responsável pelo 20th Century Ballet, que tem sede eu Lausanne, Suiça, Béjart abre uma lacuna irreparável no cenário das artes em todo o mundo.

Elizabeth II. Bodas de Diamante.

Elizabeth Alexandra Mary of Windsor. Assim é o nome da Rainha da Inglaterra, que tem como título oficial Elizabeth II, pela Graça de Deus, do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e de Seus outros Reinos e Territórios, Rainha, Chefe da Comunidade Britânica das Nações, Defensora da Fé. Pomposo como cabe a um reino do porte do britânico e com a majestade de uma dinastia que é uma das mais duradouras de toda a história.

Ontem, dia 19 de Novembro, ela comemorou Bodas de Diamante, celebrando 60 anos de casamento com o Duque de Edimburgo, Príncipe Philip, que ocorreu em 20 de Novembro de 1947.

A Rainha Elizabeth é descendente da casa alemã de Sachsen-Coburg-Gota, que herdou do trono britânico após a morte da Rainha Vitória (da casa de Hanôver) em 1901. Ela também é descendente de monarcas britânicos da distante casa de Wessex do VII Século, da casa real escocesa (Stuart), que remonta ao IX Século. De sua bisavó, Rainha Alexandra, ela é descendente da casa real dinamarquesa de Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg, uma linhagem da casa norte-alemã de Oldenburg, uma das mais antigas da Europa. Como trineta da Rainha Vitória, A Rainha Elizabeth tem parentesco com chefes de estado da maioria das casas reais da Europa. Ela é prima de Alberto II da Bélgica, Harald V da Noruega, Juan Carlos I da Espanha e Carl Gustav XVI da Suécia, assim como os antigos reis Constantino II da Grécia e Miguel da Romênia, além das antigas casas reais da Prússia/Alemanha e Rússia.

Nas fotos que postei uma cena do casamento real e uma das coroas usadas por Sua Majestade, em imagem da Reuters.

Hoje na história: Franz Schubert.

Em 19 de Novembro de 1828, morria Franz Schubert, compositor austríaco do período de transição entre o clássico e o romântico.

De produção profícua, compôs cerca de seiscentas canções (o "Lied" alemão), assim como óperas, sinfonias e sonatas. Como é de praxe com aqueles que ousam se diferir da mesmice reinante, não teve o reconhecimento devido quando vivo, enfrentando sempre sérias dificuldades em assegurar um emprego permanente, vivendo muitas vezes à custa de amigos e do trabalho que o pai lhe dava. Morreu miseravelmente, sem quaisquer recursos financeiros com apenas 31 anos. Hoje, o seu estilo considerado por muitos como imaginativo, lírico e melódico, faz com que seja considerado um dos maiores compositores da história.

O preço da experiência.

William Blake é quase indizível. Poeta magnífico e pintor de uma espécie de arte que se chama de fantástica. E o é de fato. Foi ainda tipógrafo.

Nascido no Soho, Londres, família de classe média, Blake dizia desde pequeno, ter visões. A primeira de que se tem notícia ocorreu quando ele tinha cerca de nove anos, quando disse ter visto anjos pendurando lantejoulas nos galhos de uma árvore. Mais tarde, num dia em que observava preparadores de feno trabalhando, Blake teve a visão de figuras angelicais caminhando entre eles.

Escreveu coisas maravilhosas como este poema que ora trago para vocês. Chama-se "O Preço da Experiência.

Qual é o preço da experiência? Os homens a compram com uma canção?

Adquirem sabedoria dançando nas ruas? Não, ela é comprada pelo preço

de tudo que um homem possui. Sua casa, sua esposa, seus filhos.

A sabedoria é vendida num mercado sombrio aonde ninguém vem comprar,

E no campo infecundo que o fazendeiro ara em vão por seu pão.

É fácil triunfar sob o sol do verão

E na colheita cantar na carroça cheia de grão.

É fácil falar de prudência aos aflitos,

Falar das leis da prudência ao andarilho sem teto,

Ouvir o grito faminto do corvo na estação invernal

Quando o sangue vermelho mistura-se ao vinho e ao tutano do cordeiro

É tão fácil sorrir diante da ira da natureza

Ouvir o uivo do cão diante da porta no inverno, e o boi a mugir no matadouro;

Ver um deus em cada brisa e uma bênção em cada tempestade.

Ouvir o som do amor no raio que arrasa a casa do inimigo;

Rejubilar-se diante da praga que cobre seu campo, e da doença que ceifa seus filhos,

Enquanto nossas oliveiras e nosso vinho cantam e riem diante da porta, e nossos filhos nos trazem frutas e flores.

Então o lamento e a dor estão quase esquecidos, bem como o escravo que gira o moinho,

E o cativo acorrentado, o pobre prisioneiro, e o soldado no campo de batalha

Quando os ossos rompidos deixam-no gemendo à espera da morte feliz.

É fácil rejubilar-se sob a tenda da prosperidade;

Eu poderia cantar e me rejubilar deste modo: mas eu não sou assim.

Hoje na história: Aleijadinho.

Em 18 de Novembro de 1814, morria em Vila Rica, hoje Ouro Preto (MG), Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho. É considerado o maior expoente do estilo barroco nas Minas Gerais (barroco mineiro) e das artes plásticas no Brasil, não só à sua época, mas durante o período colonial.

Com aproximadamente quarenta anos de idade começou a desenvolver uma doença degenerativa dos membros (não se sabe ao certo se porfiria, lepra, escorbuto, reumatismo ou sífilis), que lhe comprometeu gradativamente os movimentos das mãos. Para poder trabalhar, um ajudante amarrava-lhe as ferramentas aos membros. Dessa anomalia em seu corpo causada pela doença veio seu apelido, Aleijadinho.

Na foto, um de seus doze profetas, que está localizado em Congonhas (MG).

Pare agora!

O blog gostaria de parabenizar a idéia genial de entupir a Avenida Washington Soares com dezenas de semáforos. Está uma delícia trafegar por ali por volta de seis da tarde! Uma maravilha mesmo. Antes uma artéria onde o trânsito fluia e rápidamente se chegava de um ponto a outro, agora se transformou numa avenida exatamente como as outras mais estreitas e menos estruturadas que ela. Intransitável. Improdutiva. E a desculpa de que haviam muitos acidentes ali não cola, porque há de ter outras soluções para diminuí-los, além dos caça-níqueis apelidados de sensores. Que tal uma campanha educativa? A novidade deve ter sido planejada pela equipe de trânsito de Lomé, capital da República do Togo.

Hoje na história: Acre.

Em 17 de Novembro de 1903, com a assinatura do Tratado de Petrópolis, intermediado pelo Barão do Rio Branco, o Brasil recebeu a posse definitiva do Acre. Mas a história desse querido estado começa antes. Até o início do século XX o Acre pertencia à Bolívia, mas desde o princípio do século XIX, grande parte de sua população era de brasileiros que exploravam seringais e que, na prática, acabaram criando um território independente. O acesso era dificil e isso acabou por confirmar essa realidade.

Em 1899, os bolivianos tentaram assegurar o controle da área, mas os brasileiros se revoltaram e houve confrontos fronteiriços, gerando o episódio que ficou conhecido como a Questão do Acre, onde se destacou a figura de Plácido de Castro. O Acre foi então integrado ao Brasil como território, dividido em três departamentos. O território passou para o domínio brasileiro em troca do pagamento de dois milhões de libras esterlinas, de terras de Mato Grosso e do acordo de construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré.

Em 1920 foi unificado e, em 15 de junho de 1962, elevado à categoria de estado, sendo o primeiro a ser governado por uma brasileira, a professora Iolanda Fleming.

Durante a Segunda Guerra Mundial, os seringais da Indochina foram tomados pelos japoneses, e o Acre dessa forma representou um grande marco na história Ocidental, mudando o curso da guerra a favor dos Aliados, graças aos soldados da borracha oriundos principalmente do sertão do Ceará. Deve-se portanto, ao Acre e sua contribuição decisiva na vitória dos Aliados, o Brasil ter conseguido recursos norte-americanos para construir a Companhia Siderúrgica Nacional, e assim alavancar a industrialização até então estagnada do Centro-sul, que não possuía ainda indústrias pesadas de base.

Na foto, o Palácio Rio Branco por volta de 1930.

Beira-Mar. É preciso cuidar desse cartão postal.

Talvez tenhamos umas das orlas mais privilegiadas do mundo. Fortaleza é debruçada sobre o Atlântico e nossa Beira-Mar é uma festa para os olhos. E é justamente por isso que deveriam cuidar melhor dela.

Ainda esta tarde, com uma luz dourada inigualável a lhe banhar, caminhei por toda ela, de ponta a ponta e vi o descaso com que é tratado o paisagismo e como há adereços visuais que interferem na paisagem, decepando a visão de quem passa ao longo de sua avenida. Canteiros e ajardinamentos abandonados, ressequidos, estorricados pela falta d’água, ausência de flores e poda mais freqüente. E mesmo assim, estava repleta de turistas e nativos, prestigiando aquele nosso monumento natural.

Já que há tanto dinheiro guardado para investir às vésperas da eleição, - porque afinal, essa é a estratégia de quem governa apenas no derradeiro ano para a platéia de eleitores - que tal dar um pedaço do orçamento para revitalizar os jardins e passeios da Beira-Mar? Fortaleza, penhoradamente agradece.

Grazie, Mestro!.

Estive cismando sobre um mundo sem a voz de Luciano Pavarotti. Sem sua figura amistosa, rotunda, lenço espalhado na mão, peito estufado, timbre notável, nota perfeita, afinação dos deuses, sentimento à flor da pele. Parece um pesadelo não tê-lo mais por aqui. Talvez somente agora me detivesse a pensar isso. Acordo neste instante para esta ausência.

Meu Deus é verdade! Pavarotti não pode mais cantar. Ou será que jamais vai se calar? Tenho imensa saudade dele e de suas canções. Parecia ser um parente próximo. Um amigo capaz de solfejar aquela melodia preferida. Disse um dia Drummond: “As coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão”... Escolho acreditar no poeta. Obrigado por tudo, Maestro.

Hoje na história: Clark Gable.

Não há como esquecer Reth Butler. Não há como esquecer Clark Gable. Esse magnífico ator americano nos deixava em 16 de Novembro de 1960, vitimado por um colapso cardíaco. Sua interpretação em Gone With The Wind - E o Vento Levou - é absoluta. William Clark Gable era seu nome completo.

Venceu o Oscar em 1934 por sua interpretação em It Hapenned One Night (Aconteceu Naquela Noite). Faz parte de um cinema que não existe mais e de um tempo que jamais veremos outra vez.

Chartreuse. Sabor e história.

Fui apresentado a essa maravilha pelos amigos Guto Freitas e Claudia Cysne, viajantes de sempre em busca de novos e antigos sabores. Palmilharam já o mundo descobrindo paladares, cores e lugares. Desta vez trago para os leitores desse blog a singularidade do licor Chartreuse que tem duas versões, o vert – de tom esmeralda – e o jaune – amarelo âmbar -, ambos de sabor indescritível.

Mas vamos saber um pouco mais, porque afinal, tudo nessa vida tem história e assim deve ser. A exemplo do vinho, o licor também teve origem pelas ordens religiosas, nos monastérios da França e da Espanha, onde a bebida Chartreuse continua sendo preparada. Em 1084 foi fundada por Saint Bruno a Ordem Monástica Chartreuse, em Fourvoirie, próxima de Saint Laurent du-Pont.

Em 1605, a Marechal d’Estrées entregou aos monges em Paris um manuscrito revelando a fórmula de um Elixir da Longa Vida que ele não conhecia a origem. Por esta época apenas os religiosos e boticários tinham conhecimento para trabalhar com as plantas. Da alquimia de preparo e uma mistura em misteriosas dosagens de 130 ervas e flores, nasceu essa pérola que leva o nome da região onde é produzido.
Em 1737, o Monastério de La Grand-Chartreuse, na região de Grenoble, decidiu fazer um estudo exaustivo sobre a receita. O boticário Hermano Jérôme Maubec se encarregou desta obra. Conseguiu então fixar definitivamente sua fórmula.

Em 1903 os monges são expulsos da França. Levam consigo os segredos do Chartreuse e implantam uma destilaria em Terragona (Espanha) para fabricação do licor. Somente em 1929, os monges recuperaram o uso da denominação Chartreuse refazendo a antiga destilaria de Fourvoirie construída em 1860, ao redor do Monastério de La Grand-Chartreuse. E acreditem, tem muito mais história ainda, mas contaremos em outra oportunidade.

Nas fotos você pode ver o rótulo do Chartreuse vert e os frades do monastério preparando essa “poção” mágica que encanta aos de bom gosto e fino trato.

Hoje na história: Proclamação da Repúlica.

De forma patética, após um golpe de estado, a república era proclamada em nosso País em 15 de Novembro de 1889. Um estelionato político de enormes proporções, sem o apoio do povo, apeava do poder, na calada da noite, Dom Pedro II, Imperador do Brasil.

Um Deodoro da Fonseca, apnéico, ainda em pijamas, foi tirado da cama, para em nome de uma fraude que já temos comprovação histórica, trair a coroa brasileira.

Sobremesa preciosa.

Frozen haute chocolate. Este é o nome dessa preciosidade que podemos ver na foto e que é a sobremesa mais cara do mundo. Custa singelos US$ 25.000 - aproximadamente R$ 43.500, - e é feita com ingredientes no mínimo inusitados. A receita leva 28 tipos de cacau, procedentes de 14 países e mais cinco gramas de ouro comestível de 23 quilates.

Para completar essa verdadeira obra de arte é servido numa taça de ouro enfeitada com diamantes O sundae é decorado ainda com lascas do chocolate mais caro do mundo, conhecido como "La Madeleine au Truffe", produzido pela confeitaria Knipschildt, de Connecticut, USA. Uma única trufa desta chocolataria, considerada a mais cara do mundo pela revista Forbes, vale US$ 250, e precisa ser encomendada com duas semanas de antecedência.

De tão cara e, certamente deliciosa, dá até pena de comer essa peça de joalheria.

Zeppelin. Memória do ar.

Em 1928, o Graf Zeppelin voou, pelo Mediterrâneo, Oriente e em 1929, com a viagem ao redor do mundo, passou pelos Estados Unidos e Japão. Em 1930, a América do Sul foi incluída na rota e até 1936 a aeronave manteve vôos periódicos. Foi o único dirigível a fazer quase 600 viagens, sendo que só para o Brasil fez mais de 100 em sete dos seus nove anos de vida ativa. A partir de 1930, o Graf Zeppelin iniciou viagens regulares para o nosso País, efetuando transporte de passageiros, carga fretada e malas postais.

No dia 6 de maio de 1937, quando pousava em Lakehurst, em Nova Jersey, um dirigível semelhante, o Hindenburg explodiu misteriosamente e foi totalmente destruído pelo fogo a menos de 100 metros de altura, diante de mil espectadores estupefatos com aquela cena dantesca. Uma verdadeira tragédia que resultou em 36 mortos, a maioria carbonizados. O inevitável desastre foi atribuído a uma descarga elétrica; todavia, chegou a ser cogitada a hipótese de sabotagem. Desaparecia, assim, a fantástica aeronave, orgulho da frota aérea germânica, como que pressagiando o fim de uma era marcante para a aeronáutica mundial, que envolveu os fascinantes dirigíveis e suas fantásticas viagens pelo mundo.

Na foto que estou postando, o Zeppelin sobrevoando o bairro do Flamengo no Rio de Janeiro em 1930.

Hoje na história: Santo Agostinho.

Santo Agostinho foi um bispo católico, teólogo e filósofo que nasceu em 13 de Novembro de 354 em Tagaste, hoje Souk-Ahras, na Argélia.

O pensamento de Agostinho foi basilar em orientar a visão do homem medieval sobre a relação entre a fé cristã e o estudo da natureza. Ele reconhecia a importância do conhecimento, mas entendia que a fé em Cristo vinha a restaurar a condição decaída da razão humana, sendo portanto, mais importante.

É dele esse testemunho e confissão:

“Tarde vos amei, ó beleza tão antiga e tão nova,
Tarde vos amei!
Eis que habitáveis dentro de mim,
E eu lá fora vos procurando!
Disforme, lançava-me sobre estas formosuras que criastes.
Estáveis comigo, e eu não estava convosco!
Retinha-me longe de Vós aquilo que não existia

se não existisse em Vós.
Porém, chamastes-me com uma voz tão forte

que rompestes a minha surdez!
Brilhastes, cintilante, e logo afugentastes a minha cegueira!
Exalastes perfume: Respirei-o suspirando por Vós.
Tocastes-me e ardi no desejo de Vossa paz!
Só na grandeza de Vossa misericórdia

coloco toda a minha esperança.
Dai-me o que me ordenais, e ordenai-me o que quiserdes”.

O pequeno anjo.

Angelina Jolie é embaixadora da ONU desde 2001. Ela faz parte do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (UNHCR) com o objetivo de aumentar a consciência internacional sobre a situação dos mais de 20 milhões de refugiados em todo o mundo.

Angelina têm se desdobrado para acompanhar de perto o resultado de diversas missões humanitárias que se propõe a participar. Já fez visitas ao Paquistão, Serra Leoa, Sudão, Etiópia, estarreceu-se com a situação dos campos de refugiados e chamou atenção do mundo para esse problema e participa com freqüência de palestras ao redor do planeta, abordando suas experiências no campo do voluntariado.

Afinal, nem sempre uma bela mulher é apenas um rostinho bonito. Angelina é a mais irrefutável prova disso.

Petra. Uma das maravilhas do mundo.

Hoje Petra é uma das Sete Maravilhas do Mundo, com toda justiça. É realmente uma beleza de sítio arqueológico. Não há quem deixe de ficar estupefato com a riqueza de prédios esculpidos na rocha, com detalhes milimetricamente encravados em pedras multicoloridas. É fenomenal.

A região onde se encontra Petra foi ocupada por volta do ano 1200 a.C. pela tribo dos Edomitas, recebendo o nome de Edom. A região sofreu numerosas incursões por parte das tribos israelitas, mas permaneceu sob domínio edomita até à anexação pelo império persa.

As ruínas de Petra foram objeto de curiosidade a partir da Idade Média, atraíndo visitantes como o sultão Baybars do Egito, no princípio do XII Século. O primeiro europeu a descobrir as ruínas de Petra foi Johann Ludwig Burckhardt em 1812, tendo o primeiro estudo arqueológico científico sido empreendido por Ernst Brünnow e Alfred von Domaszewski, publicado na sua obra Die Provincia Arabia (1904).

Petra é esse colosso localizado na Jordânia, testemunha do tempo e da história há mais de 3.000 anos.

Hoje na história: Auguste Rodin.

Em 12 de Novembro de 1840 nascia em Paris, René-François Auguste Rodin, uma dos maiores escultores contemporâneos de que se tem notícia. Algumas de suas obras estão entre as mais importantes e conhecidas na arte escultórica européia e universal. É assim com O Pensador, O Beijo, Os Burgueses de Callais e tantas outras que estão espalhadas por museus e coleções do mundo inteiro.

Admirado pela elite européia e considerado uma glória da França, Rodin envolveu-se por volta de 1885 em um romance com a aluna Camille Claudel, o mais tempestuoso dos muitos que teve, e que terminou tragicamente.

No ano de 2000 o Governo do Estado do Ceará promoveu uma mostra com suas principais obras no Centro Cultural Dragão do Mar, atraindo milhares de pessoas para conhecer vários trabalhos desse gênio das artes. Postei uma foto d'O Pensador porque no caso de Rodin, a sua obra ultrapassou a ele próprio, sendo portanto, mais conhecida do que a face de seu criador.

Arnold & Son. Um relógio. Uma lenda.

A tradição cerca a griffe Arnold & Son, fabricante de relógios muito especiais. A marca nasceu no XVIII Século, com o grande mestre relojoeiro inglês, John Arnold. John construiu instrumentos precisos para figuras importantes da marinha da Grã Bretanha como Sir John Franklin (HMS Terror, HMS Erebus), Capitão William Bligh (HMS Bounty), Capitão Phipps, Sir Ernest Shackleton, até o legendário Capitão Cook, que deu seu nome as ilhas do Pacífico.

Desde sempre os relógios Arnold & Son são fornecedores da marinha britânica e de exploradores daquele país em suas travessias. Levamos até você esta peça mais-que-perfeita, porque afinal, o mundo não é feito apenas dos clichês encontrados em qualquer relojoaria por aí. Na foto um modelo Scout.

Aurora. O nobre escrever.

Um instrumento de fina escrita. Assim é a caneta Aurora 85th Anniversary, que comemora uma data significativa na trajetória dessa verdadeira jóia cor de rubi. Na verdade é um tributo a longevidade e design de uma Aurora.

Criada em 1919, a Aurora é referência para os que sabem admirar uma peça desse quilate. Tem corpo em auroloide mármore vermelho e o famoso clip leva a inscrição “85th” em relevo. Custa aproximadamente US$ 1.300, no mercado especializado.

Náutico. Um belo cearense.

O prédio do Náutico Atlético Cearense é lindo demais de se ver. É mais uma obra do arquiteto Emílio Hinko, húngaro, que radicou-se em Fortaleza até o final de sua vida.

A construção original da década de 50 é um primor em estilo barroco genovês. É uma edificação toda avarandada, com amplas marquises, colunas brancas e elementos vazados, tudo plenamente adaptado a realidade de nossa orla marítima.

Merece menção e vale a pena ser visitado.

Hoje na história: Fim da I Guerra Mundial.

A Primeira Guerra Mundial aconteceu entre 1914 e 1918. Os conflitos foram, em sua maioria, no continente europeu e as motivações para que acontecesse foram principalmente a política expansionista da Alemanha e Rússia, além de rivalidades seculares como as divergências entre a França e Alemanha, Rússia e Império Austro-Húngaro e Alemanha e Inglaterra que sempre disputaram a hegemonia industrial do continente.

Um fato preponderante para a vitória aliada foi a entrada dos Estados Unidos e a saída da Rússia da guerra, motivada pela revolução bolchevique de 1917.

A guerra terminou em 11 de Novembro de 1918, com a derrota da Alemanha e seus aliados, o que redesenhou o mapa da Europa e anos depois impeliu o mundo a repetir o desastre de uma guerra mundial. Mas isso é outra história.

Quando voar era um clássico.

Houve um tempo em que voar não passava pelo caos aéreo, os acidentes não tinham muita repercussão e as viagens glamorosas e permeadas de luxo e sofisticação. Puro romantismo.

No cenário do pós-guerra era assim. E foi nesse ambiente que se consolidou a imagem do Douglas DC3, uma aeronave que fez história tanto durante a II Guerra Mundial, como depois dela, levando e trazendo passageiros para os quatro cantos do mundo.

O PP-VBN foi o último DC-3 operado pela nossa Varig, tendo sido retirado do serviço ativo no ano de 1973. Após voar em várias empresas, o atual VBN (ex-KZG) foi abandonado no aeroporto de Belém do Pará nos anos 80. Salvo de um desmanche quase inevitável, passou por longo período de recuperação, que só foi possível com a união de diversas empresas de aviação, preocupadas com preservar a história da aeronave. Fizeram um belo trabalho e hoje o “Projeto Decola DC3” promove vôos na aeronave. Os vôos saem do Aeroclube do Rio Grande do Sul no bairro de Belém Novo, normalmente aos sábados, domingos e feriados. Têm a duração média de 20 minutos, levando até 26 passageiros.

O imponente DC-3, meticulosamente restaurado nas oficinas da Varig, faz os passageiros sentirem todo o charme da época de ouro da aviação comercial. É uma rara oportunidade de conhecer um clássico, disponível em poucos países do mundo.

Estou trazendo para você uma foto da aeronave restaurada, relembrando tempos de glória da aviação nacional.

Amanhã é outro dia...

Há filmes e há Gone With The Wind, no Brasil, E O Vento Levou...

Esse filme, especialmente, por motivos mais que pessoais, está cunhado em minha alma para sempre.

Tudo o que for dito sobre E O Vento Levou... é redundante. Uma história épica, emocionante, sem par na história do cinema, personagens singulares e uma mística que não o distancia de qualquer outro. Realizado em 1939, tem encabeçando o elenco Clark Gable - Reth Butler - e Vivien Leigh, linda, expressiva e que conseguiu fazer uma inesquecível Scarlett O’Hara, frívola mas extremamente forte, que jamais, mesmo diante das piores adversidades se curvou diante da vida. Quem pode esquecer ela prometendo que jamais passaria fome outra vez, ou quando repetidas vezes ela despreza o destino com sua frase lapidar “amanhã é outro dia”?

Se você já viu, veja novamente. Se não viu, ainda não está completo. Pegue na primeira locadora, fique em silêncio e veja o que você nunca viu na sétima arte.

As linhas de Calatrava.

Santiago Calatrava Valls nasceu em Valencia, Espanha, em 28 de Julho de 1951. É um desses fenômenos que aparecem a cada cem anos ou mais. Arquiteto de especial criatividade e fluidez de linhas, formado pela Escuela Tecnica Superior de Arquitectura de Valencia, Calatrava tem marcado a paisagem onde estão plantados seus projetos.

Calatrava, que talvez seja mais conhecido pelas suas numerosas pontes, comentou que “uma ponte é um ponto importante da referência em uma cidade, e pode ser usado para complementar a paisagem”.

Em todos os seus projetos, Calatrava enfrentou desafios complexos, com soluções técnicas notavelmente simples e elegantes. Suas soluções são inspiradas freqüentemente pela natureza, mas as formas orgânicas são transformadas pelas arrojadas soluções técnicas usando materiais tais como o aço e o vidro - criando uma síntese da luz, do espaço, do material, da forma e da estrutura.

É mais uma referência de bom gosto e beleza que eu queria trazer até você e que traduz o espírito do nosso blog. Na foto que estou postando podemos ver a Tenerife Opera House, nas Ilhas Canárias. É de perder o fôlego!

Hoje na história: Paracelsus.

Paracelsus é o pseudônimo de Phillipus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim. Nasceu em 10 de Novembro 1493, em Einsiedeln, Suiça, onde era médico, alquimista, físico e astrólogo.

Viajou para vários lugares do mundo, em busca de novos conhecimentos médicos e insatisfeito com o aprendizado tradicional que recebeu na academia, saindo em longa viagem pelo Egito, Terra Santa, Hungria, Tartária, Arábia, Polônia e Constantinopla procurando alquimistas de quem pudesse aprender algo. Ao passar pela Tartária, conhecido como Reino do Grande Khan, Paracelsus conseguiu curar o seu filho. Isso lhe deu grande fama e após a sua volta, era procurado por nobres de toda a Europa, causando a inveja e a cobiça de outros cientistas. Logo, Paracelsus foi perseguido e expulso da cidade de Basel, onde ocupava a cadeira de medicina da importante universidade daquele lugar.

Tentou publicar seus escritos revisados e outros inéditos, mas não encontrou quem o patrocinasse. Paracelsus terminou seus dias vagando pela Europa como mendigo, abandonado e pobre.

Uma rádio só sua.

Quer uma rádio só sua? Entre no site da Last Fm - http://www.last.fm/ - e faça a sua própria programação, ouvindo apenas e tão somente aquilo que quiser. Tem de tudo. Do oldies ao ambient, passando por erudito, rock, blues, jazz, new age e muito mais. E o melhor: você ouve tudo em seu laptop, onde estiver, basta estar conectado a internet.